Exposição e tour guiado apresentam vida e pesquisas de Fritz Müller na Av. Beira-Mar

23/05/2022 13:05

Tour científico visita a Praia de Fora. Foto: divulgação

Interessados em ciência, história, biologia e evolução têm até 29 de maio para visitar a exposição De repente extraordinária!, sobre o naturalista Fritz Müller, no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte. Aos sábados e domingos, das 10h às 17h, professores e alunos da UFSC guiam os visitantes por um canteiro com plantas estudadas pelo cientista, como a embaúba, orquídeas e bromélias. Em uma tenda, ficam dispostas plantas, abelhas e outros organismos investigados por Müller, incluindo modelos de larvas e insetos. O público também tem a oportunidade observar um pequeno crustáceo, Elpidium bromeliarum, no microscópio. Além disso, diariamente, cartazes apresentam aspectos da vida e da obra de Fritz Müller e de sua amizade com Charles Darwin.

Outra atividade desenvolvida pela equipe da UFSC é um tour científico com cerca de 1h30 de duração. No passeio, é visitada a Praia de Fora, uma faixa de areia próxima ao trapiche da Beira-Mar. Foi lá que Fritz Müller realizou suas pesquisas com animais marinhos no Brasil, citadas por Charles Darwin no livro A origem das espécies a partir da quarta edição da obra. São apresentadas, ainda, plantas que vivem hoje na região e curiosidades e informações sobre a história e a vida de Fritz Müller. Os tours acontecem aos sábados e domingos, às 15h, e os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente.

Com curadoria de Paula Gargioni e produção de Glória Weissheimer, a mostra é uma iniciativa do grupo Desterro Fritz Müller 200 anos, em comemoração aos 200 anos de nascimento do naturalista. De 1856 a 1867, o pesquisador viveu em Florianópolis, na Praia de Fora, onde hoje fica a Avenida Beira-Mar Norte. Ali, realizou pesquisas pioneiras em Ecologia, Evolução e Biologia Marinha no Brasil.

Mais informações no Instagram (@fritzmuller200anos) e no site derepenteextraordinaria.com.br, onde também é possível apreciar sons da Mata Atlântica, cedidos pelo Laboratório de Ornitologia e Bioacústica Catarinense (Laboac) da UFSC.

Por: Notícias da UFSC

Laboratório da UFSC disponibiliza gratuitamente guia dos répteis da Ilha de Santa Catarina

16/05/2022 11:48

O Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis da UFSC desenvolveu e disponibilizou gratuitamente para download o Guia dos Répteis da Ilha de Santa Catarina, um cartaz contendo fotos e os nomes de todos os répteis que ocorrem em Florianópolis. No documento fotográfico é possível visualizar as 43 espécies de lagartos, serpentes, anfisbaenias e tartarugas registradas na região insular do município. Além do nome científico, há o nome popular, o status de conservação e, para as serpentes, informações sobre riscos de acidente.

No guia, é possível ver, por exemplo, que espécies como a tartaruga-de-pente e a tartaruga-de-couro são consideradas criticamente em perigo pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Ainda, é possível verificar três espécies peçonhentas de serpentes, que são perigosas e podem causar acidentes: a coral, a jararaca e a jararacuçu. Répteis maiores, como o jacaré de papo-amarelo também aparecem no guia.

De acordo com Pedro Lobato Indalêncio, um dos autores do guia, o trabalho não é periódico, mas é o segundo guia que o laboratório produziu. O primeiro guia foi sobre os Anfíbios da Ilha. “Esse guia fala apenas sobre répteis, mas dentro desse grupo podemos encontrar uma diversidade de animais. Em Florianópolis existem: tartarugas-marinhas, cágados, jacarés, lagartos, serpentes e anfisbenas”, explica. Ainda segundo ele, a lista foi elaborada a partir dos registros da Coleção Herpetológica da UFSC dos animais coletados em Florianópolis, ao longo do tempo.

“Esse é um guia com imagens de diversas espécies de répteis e seu estado de conservação, ele é de fácil leitura e acessível para todos. Ele pode ser utilizado por guias turísticos em passeios, por professores em suas aulas, por qualquer pessoa que queira ilustrar de forma prática a biodiversidade de répteis que temos em Florianópolis, além de mostrar quais as mais ameaçadas”, aponta Pedro. As fotos foram tiradas por diferentes pesquisadores do país, que concordaram em contribuir com suas fotos para compor o guia.

O pesquisador comenta que alguns dados chamam atenção no guia. Um deles é o estado de conservação de algumas espécies terrestres, como a Mussurana e a Lagartixa- da-areia. “Ambas as espécies estão ameaçadas de alguma forma, um fato preocupante que está relacionado ao crescimento das áreas urbanas, além da ocupação e destruição do habitat desses animais”, pontua. “Outro dado que chamou atenção, com relação às serpentes, é o fato de que mesmo serpentes não peçonhentas podem causar acidentes, ou seja, para evitar qualquer tipo de acidente é importante que as pessoas evitem chegar perto e estressar esses animais, mesmo que não possuam veneno”.

 

Por: Notícias da UFSC

Professor da UFSC é entrevistado no Jornal Nacional

03/05/2022 13:03

O professor Selvino Neckel de Oliveira, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas da UFSC (ECZ/CCB) foi entrevistado pelo Jornal Nacional em uma matéria que foi veiculada nesta segunda-feira, 2 de maio. Neckel é responsável pelo Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis (LEAR) e falou à reportagem sobre a presença de jacarés do papo-amarelo nas regiões urbanas de Florianópolis.

Assista à edição no site do Globoplay e no site do telejornal.

Por: Notícias da UFSC

Professor da UFSC recebe prêmio da International Biogeography Society

25/04/2022 10:50

O professor Sérgio Ricardo Floeter, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebeu o prêmio Distinguished Fellow 2022, da International Biogeography Society (IBS). Os vencedores são escolhidos pela entidade com base em suas contribuições por meio da excelência em pesquisa básica e/ou serviço excepcional ao campo da biogeografia.

No caso de Floeter, a nomeação considerou sua pesquisa na biogeografia marinha e macroecologia, incluindo a evolução e estrutura trófica de peixes de recife, e suas muitas expedições de trabalho de campo interdisciplinares e análises de dados em larga escala que levaram a uma melhor compreensão de por que e quando as áreas de peixes endemismos do Oceano Atlântico tropical se formaram, como elas se relacionam e quais processos contribuíram para o enriquecimento dessa fauna.

“Estou muito feliz e honrado por ganhar esse prêmio internacional tão bacana. Agradeço imensamente a todos que participaram (e participam) dessa minha jornada na ciência. O prêmio é de todos nós do CCB/UFSC”, disse o professor Ricardo Floeter. A cerimônia de premiação do IBS Fellows 2022 faz parte da Roth Biennial Conference da International Biogeography Society, realizada de 2 a 6 de junho de 2022, em Vancouver, Canadá.

Mais informações em https://cvent.me/gRMYrN.

 

Matéria atualizada em 10 de junho de 2022 para incluir as fotos da premiação

Por: Notícias da UFSC

Estudo mostra polvos usando lixo como abrigo no fundo do oceano

18/04/2022 14:07

Latinhas, garrafas, potes, objetos plásticos diversos, e até bateria e vaso sanitário. Em todo o mundo, polvos estão usando lixo humano para se abrigar e para colocar ovos. É o que revela um estudo conduzido por um grupo que reúne pesquisadoras das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), do Rio Grande (Furg) e de Pernambuco (UFPE) e da Università degli Studi di Napoli Federico II, na Itália.

A pesquisa, publicada na revista científica Marine Pollution Bulletin, avaliou 261 imagens subaquáticas tiradas em pelo menos 19 países entre 2003 e 2021. Vídeos e fotos coletados de redes sociais e de bancos de imagens foram somados a materiais fornecidos por cientistas e a outros recebidos por meio de campanhas internacionais promovidas pelas pesquisadoras, em uma abordagem de ciência cidadã. O objetivo era determinar como os polvos se relacionam com o lixo marinho e identificar espécies e regiões afetadas.

Foram detectados oito gêneros e 24 espécies de polvos que vivem perto do fundo do oceano interagindo com lixo. Na maior parte dos casos, utilizando-o como abrigo. A professora do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC Tatiana Silva Leite, coautora do estudo, explica por que isso ocorre: “O polvo perdeu a concha na evolução, então ele sempre está procurando um local para proteção. Espécies pequenas de polvos normalmente usam conchas, e as conchas estão desaparecendo, tanto por retirada quanto pela questão da acidificação dos oceanos”.

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