Série Jovens Pesquisadores da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFSC apresenta projeto do ECZ

04/03/2022 10:36

A série “Jovens Pesquisadores”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelo edital “Programa Fapesc de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação para Jovens Pesquisadores do Estado de Santa Catarina”.

O projeto “Impactos do fogo e das cinzas sobre a biodiversidade na água doce: respostas dos peixes, anfíbios, microinvertebrados e macrófitas ao distúrbio”, coordenado pelo professor Bruno Renaly Souza Figueiredo, do Departamento  Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina, foi contemplado pelo edital 27/2021 da Fapesc. O Programa Fapesc de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação para Jovens Pesquisadores do Estado de Santa Catarina – Programa Fapesc Jovens Projetos – SC busca apoiar no crescimento do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), auxiliando na instalação de jovens pesquisadores nas suas áreas, permitindo o desenvolvimento econômico sustentável do estado e o aumento de qualidade de vida dos catarinenses.

A pesquisa tem como objetivo entender o impacto do fogo e a toxicidade das cinzas geradas por incêndios sobre a sobrevivência e desenvolvimento de espécies aquáticas em rios e riachos do entorno da área queimada. Avaliando a por meio de estudos experimentais o grau de ameaça à biodiversidade nos ambientes aquáticos de Santa Catarina.

O projeto surgiu da necessidade e preocupação em relação ao aumento nos registros de ocorrências de incêndios florestais. Segundo o professor Bruno, “estudar a resposta da biota aquática à chegada de contaminantes na água é extremamente relevante, pois tais contaminantes além de ameaçar a conservação da biodiversidade e perturbar o equilíbrio ecossistêmico, também podem representar um risco à saúde humana, visto que organismos vivos vivendo em águas poluídas acumulam substâncias tóxicas com potencial mutagênico e cancerígeno no seu corpo”, afirma.

Para Figueiredo, os resultados deste estudo revelará o impacto do fogo e das cinzas sobre os organismos aquáticos. Sendo essa informação a base para proposição de políticas públicas que busquem conter o uso do fogo para supressão vegetal e também promoverá a educação ambiental para a sociedade “os resultados obtidos serão divulgados em uma linguagem simplificada para o público escolar e não-especialistas por meio de múltiplas ações: postagens em redes sociais, divulgação de vídeos e podcasts sobre a pesquisa nos canais de publicação do Projeto Sporum (vertente de divulgação científica do PET Biologia – UFSC)”.

O edital Fapesc permitirá o fortalecimento e crescimento do grupo de pesquisa em biodiversidade aquática da UFSC, pois possibilitará a aquisição de infraestrutura de pesquisa na universidade e também dará oportunidade de formação de novos cientistas para se especializarem na conversação de biodiversidade de água doce. O professor afirma que além de permitir o desenvolvimento do projeto, o apoio da Fapesc por esse edital facilitará a execução de futuras pesquisas desenvolvidas pelo grupo.

Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.

 

Escrito por: Giovanna Kila (publicação original aqui)
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

04/03/2022 10:17

Bem-vindo ao site do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina!

Para falar com um setor específico do ECZ, consulte os menus laterais.

03/03/2022 17:00

UFSC integra projeto de prevenção e controle de coral invasor em reserva biológica

18/02/2022 14:40

O Projeto de Pesquisa Plano de Ação para prevenção e Controle do Coral-sol na Rebio Arvoredo e Entorno, uma parceria entre a UFSC, Karoon Energy, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc) foi formalizado em evento realizado nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, com a assinatura de um termo de convênio. O projeto terá duração total de 36 meses e contará com uma equipe composta por pesquisadores da UFSC, integrando os departamentos de Ecologia e Zoologia (ECZ) e de Engenharias da Mobilidade (CTJ). O projeto será coordenado pela professora Bárbara Segal (CCB) e pelo professor Andrea Piga (CTJ). Dentre os impactos já descritos pela invasão do coral-sol no Brasil, pode-se detectar efeitos potencialmente negativos em peixes e competição com corais nativos.

O projeto tem como objetivo a geração de conhecimento científico sobre a espécie Tubastraea coccinea e o desenvolvimento e a avaliação de métodos e estratégias para a prevenção e o controle dessa espécie na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e entorno. Para isso, serão desenvolvidas atividades de pesquisa, monitoramento e inovação, cujos resultados irão subsidiar o estabelecimento de uma estratégia de manejo eficaz para T. coccinea visando a prevenção, o controle e a possível erradicação da espécie nesta região.

São três eixos principais: além da pesquisa, o foco do projeto também inclui o monitoramento e a inovação. Em cada eixo, serão desenvolvidas atividades contextualizadas em linhas de ação, abordando diferentes temáticas inerentes à prevenção e ao controle da invasão por Tubastraea coccinea na reserva, tais como: padrões de disponibilidade larval; padrões de reprodução, crescimento e nutrição; detecção precoce de novos focos de invasão e desenvolvimento de técnicas e métodos mais eficazes de manejo.

O coral-sol, como são conhecidas as espécies do gênero Tubastraea, foi descrito pela primeira vez no Oceano Pacífico. Por volta de 1950, este coral foi introduzido no Atlântico ocidental e, desde então, registrado progressivamente em diversas regiões do Caribe. O primeiro registro de Tubastraea em ambiente natural no Brasil foi feito em costões rochosos da Baia de Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Após isso, vêm sendo registrado em diversos outros locais na costa brasileira, do Sul ao Nordeste. As espécies do gênero Tubastraea, incluindo as duas registradas no Brasil, T. coccinea (de cor vermelho-alaranjado) e a T. tagusensis (de cor amarela), apresentam determinadas características biológicas que potencializam seu sucesso como bioinvasoras. Fatores como as diversas estratégias reprodutivas e o rápido crescimento favorecem esse processo.

Por conta disso, iniciativas de manejo ao longo da costa brasileira vêm tentando controlar algumas populações de coral-sol. Em 2016, o Brasil iniciou uma discussão em âmbito nacional para traçar macroestratégias de combate, envolvendo órgãos governamentais, organizações não governamentais, indústria e o meio acadêmico. Esse envolvimento culminou na elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-Sol, em março de 2018, sob coordenação do Ibama e Ministério do Meio Ambiente, aprovado pela Portaria IBAMA N° 3.642/2018. O objetivo geral é “prevenir a introdução de coral-sol em áreas sem ocorrência, erradicar novos focos e controlar a invasão, preferencialmente em áreas prioritárias”.

A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo é considerada o limite sul de distribuição do coral-sol no Brasil e foi uma das áreas na costa brasileira onde a invasão foi detectada mais precocemente, sendo descrita como ainda em estágio inicial. Isto porque, desde o primeiro registro de ocorrência da espécie Tubastraea coccinea, a reserva, em parceria com a UFSC, vem realizando o manejo sistemático dos focos de invasão, por meio da remoção manual e monitoramento periódico dessas áreas e localidades adjacentes.

Por: Notícias da UFSC.

Veleiro ECO da UFSC participará de novas expedições do Projeto AtlantECO

16/02/2022 16:17

Como parte do Projeto AtlantECO, o Veleiro ECO da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai navegar muito em breve por boa parte da costa brasileira com paradas em diferentes cidades para os Port Calls e pesquisas científicas ao longo do percurso. Os Port Calls do Projeto AtlantECO são eventos de extensão acadêmica que ocorrem em terra e visam promover a Cultura Oceânica e a conscientização ambiental. Estão previstos para ocorrerem em diferentes cidades da costa brasileira, africana e europeia, com a participação de três veleiros de pesquisa oceanográfica: o ECO da UFSC, o Veleiro Tara da Fundação Francesa Tara Ocean e o Eugen Seibold do Max Planck Institute for Chemistry, da Alemanha. Além das ações de extensão, os veleiros e outras três embarcações envolvidas no projeto irão também coletar amostras para pesquisa científica, com ênfase no Microbioma do Atlântico, poluição plástica e conectividade oceânica.

A expectativa é grande para este ano, mas a participação do Veleiro ECO neste projeto internacional (Programa H2020, Chamada Blue Growth), teve início no final do ano passado. Sob a coordenação da professora Andrea Santarosa Freire (CCB/ECZ) e em parceria com o coordenador do Projeto Veleiro ECO, professor Orestes Alarcon (CTC/EMC), o ECO esteve no Rio de Janeiro e em Itajaí, onde foi uma das atrações principais dos Port Calls.

Leia a notícia completa aqui.