Pesquisa com participação da UFSC lança raio-x da ciência e conservação de campos e savanas brasileiros

24/06/2022 09:31

Os ecossistemas abertos – como campos sulinos, campos de altitude, cerrado, dunas e restingas – correspondem a 27% da vegetação natural do Brasil, mas sua conservação é negligenciada. Isso é o que aponta o recém publicado artigo Placing Brazil’s grasslands and savannas on the map of science and conservationfruto do estudo de um grupo de pesquisadores, entre eles a professora da UFSC Michele de Sá Dechoum, do departamento de Ecologia e Zoologia. O trabalho integra a nova edição da revista Perspectives in Plant Ecology, Evolution and Systematics.

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Biodiversidade catarinense: é possível equilibrar a utilização dos recursos naturais e a preservação da natureza?

30/05/2022 09:27

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

A  biodiversidade ou diversidade biológica está relacionada às riquezas naturais. No estado de Santa Catarina,  ela está ameaçada pela destruição de habitats, sobre exploração dos recursos naturais, invasão por espécies exóticas, além das mudanças no clima. Em meio a um cenário de perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos, formas de preservação e mitigação de danos aos ecossistemas tornaram-se uma necessidade. Animais, plantas, fungos e microrganismos fornecem alimentos, medicamentos e subsídios indispensáveis para a sobrevivência da humanidade.

Diante desse cenário, as pesquisas científicas têm papel crucial. O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) – Biodiversidade de Santa Catarina liderado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) faz parte de uma rede nacional de pesquisas e é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Atualmente, o projeto “Biodiversidade de Santa Catarina: Investigando a ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil”, coordenado pelo professor Selvino Neckel de Oliveira, busca entender os efeitos de distúrbios na biodiversidade e encontrar formas de mediar e equilibrar o uso dos recursos naturais aliado à conservação da natureza.
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Por: Notícias da UFSC

Exposição e tour guiado apresentam vida e pesquisas de Fritz Müller na Av. Beira-Mar

23/05/2022 13:05

Tour científico visita a Praia de Fora. Foto: divulgação

Interessados em ciência, história, biologia e evolução têm até 29 de maio para visitar a exposição De repente extraordinária!, sobre o naturalista Fritz Müller, no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte. Aos sábados e domingos, das 10h às 17h, professores e alunos da UFSC guiam os visitantes por um canteiro com plantas estudadas pelo cientista, como a embaúba, orquídeas e bromélias. Em uma tenda, ficam dispostas plantas, abelhas e outros organismos investigados por Müller, incluindo modelos de larvas e insetos. O público também tem a oportunidade observar um pequeno crustáceo, Elpidium bromeliarum, no microscópio. Além disso, diariamente, cartazes apresentam aspectos da vida e da obra de Fritz Müller e de sua amizade com Charles Darwin.

Outra atividade desenvolvida pela equipe da UFSC é um tour científico com cerca de 1h30 de duração. No passeio, é visitada a Praia de Fora, uma faixa de areia próxima ao trapiche da Beira-Mar. Foi lá que Fritz Müller realizou suas pesquisas com animais marinhos no Brasil, citadas por Charles Darwin no livro A origem das espécies a partir da quarta edição da obra. São apresentadas, ainda, plantas que vivem hoje na região e curiosidades e informações sobre a história e a vida de Fritz Müller. Os tours acontecem aos sábados e domingos, às 15h, e os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente.

Com curadoria de Paula Gargioni e produção de Glória Weissheimer, a mostra é uma iniciativa do grupo Desterro Fritz Müller 200 anos, em comemoração aos 200 anos de nascimento do naturalista. De 1856 a 1867, o pesquisador viveu em Florianópolis, na Praia de Fora, onde hoje fica a Avenida Beira-Mar Norte. Ali, realizou pesquisas pioneiras em Ecologia, Evolução e Biologia Marinha no Brasil.

Mais informações no Instagram (@fritzmuller200anos) e no site derepenteextraordinaria.com.br, onde também é possível apreciar sons da Mata Atlântica, cedidos pelo Laboratório de Ornitologia e Bioacústica Catarinense (Laboac) da UFSC.

Por: Notícias da UFSC

Laboratório da UFSC disponibiliza gratuitamente guia dos répteis da Ilha de Santa Catarina

16/05/2022 11:48

O Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis da UFSC desenvolveu e disponibilizou gratuitamente para download o Guia dos Répteis da Ilha de Santa Catarina, um cartaz contendo fotos e os nomes de todos os répteis que ocorrem em Florianópolis. No documento fotográfico é possível visualizar as 43 espécies de lagartos, serpentes, anfisbaenias e tartarugas registradas na região insular do município. Além do nome científico, há o nome popular, o status de conservação e, para as serpentes, informações sobre riscos de acidente.

No guia, é possível ver, por exemplo, que espécies como a tartaruga-de-pente e a tartaruga-de-couro são consideradas criticamente em perigo pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Ainda, é possível verificar três espécies peçonhentas de serpentes, que são perigosas e podem causar acidentes: a coral, a jararaca e a jararacuçu. Répteis maiores, como o jacaré de papo-amarelo também aparecem no guia.

De acordo com Pedro Lobato Indalêncio, um dos autores do guia, o trabalho não é periódico, mas é o segundo guia que o laboratório produziu. O primeiro guia foi sobre os Anfíbios da Ilha. “Esse guia fala apenas sobre répteis, mas dentro desse grupo podemos encontrar uma diversidade de animais. Em Florianópolis existem: tartarugas-marinhas, cágados, jacarés, lagartos, serpentes e anfisbenas”, explica. Ainda segundo ele, a lista foi elaborada a partir dos registros da Coleção Herpetológica da UFSC dos animais coletados em Florianópolis, ao longo do tempo.

“Esse é um guia com imagens de diversas espécies de répteis e seu estado de conservação, ele é de fácil leitura e acessível para todos. Ele pode ser utilizado por guias turísticos em passeios, por professores em suas aulas, por qualquer pessoa que queira ilustrar de forma prática a biodiversidade de répteis que temos em Florianópolis, além de mostrar quais as mais ameaçadas”, aponta Pedro. As fotos foram tiradas por diferentes pesquisadores do país, que concordaram em contribuir com suas fotos para compor o guia.

O pesquisador comenta que alguns dados chamam atenção no guia. Um deles é o estado de conservação de algumas espécies terrestres, como a Mussurana e a Lagartixa- da-areia. “Ambas as espécies estão ameaçadas de alguma forma, um fato preocupante que está relacionado ao crescimento das áreas urbanas, além da ocupação e destruição do habitat desses animais”, pontua. “Outro dado que chamou atenção, com relação às serpentes, é o fato de que mesmo serpentes não peçonhentas podem causar acidentes, ou seja, para evitar qualquer tipo de acidente é importante que as pessoas evitem chegar perto e estressar esses animais, mesmo que não possuam veneno”.

 

Por: Notícias da UFSC

Professor da UFSC é entrevistado no Jornal Nacional

03/05/2022 13:03

O professor Selvino Neckel de Oliveira, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas da UFSC (ECZ/CCB) foi entrevistado pelo Jornal Nacional em uma matéria que foi veiculada nesta segunda-feira, 2 de maio. Neckel é responsável pelo Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis (LEAR) e falou à reportagem sobre a presença de jacarés do papo-amarelo nas regiões urbanas de Florianópolis.

Assista à edição no site do Globoplay e no site do telejornal.

Por: Notícias da UFSC