Processo Seletivo Simplificado – Vaga para Professor no ECZ

30/08/2023 15:52

A Diretora do DDP/PRODEGESP torna público o Edital nº 046/2023/DDP, cujo extrato foi publicado no DOU de 25/08/2023, seção 3, página 77, com a abertura de Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professor Substituto por tempo determinado.

Serão 09 (nove) vagas para atuação como Professor Substituto do Ensino Superior nos Departamentos da UFSC em  Florianópolis, sendo 01 (uma) para o Departamento de Ecologia e Zoologia, no campo de conhecimento Ecologia; e 01 (uma) vaga para atuação como Professor Substituto do Ensino Básico no Colégio de Aplicação em Florianópolis.

 

Inscrições:

A inscrição deverá ser realizada por e-mail ao departamento de ensino respectivo, conforme item 1.3 do edital, no período compreendido entre 28/08/2023 e 01/09/2023 (até as 17 horas).

Anexo 1 – Formulário de inscrição

Anexo 2 – Programa de pontos para a Prova Didática

Ata – Sorteio Reserva de Vagas

Que efeitos as queimadas em Santa Catarina têm sobre os peixes e a vida humana?

05/07/2023 11:26

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática da UFSC investiga o impacto do fogo e das cinzas na vida aquática e de seres humanos 

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Somente em 2022, Santa Catarina teve 1.360 focos de incêndio ativos de fogo, sendo agosto o mês de maior incidência, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No Brasil, as queimadas são um problema constante: entre 1986 e 2020, segundo dados do projeto MapBiomas, uma área de 1,67 milhões de km² do país sofreu com o fogo: esse tamanho é maior do que a extensão dos países da Noruega, Finlândia e Islândia junto.

Em dados locais, Santa Catarina também é bastante afetada. O Parque Estadual do Rio Vermelho, por exemplo, possui uma unidade de conservação de proteção integral, que sofreu constantemente com queimadas nos últimos anos. Em abril de 2020, um incêndio chegou a comprometer 240 hectares do parque.

Enquanto os efeitos do fogo e das cinzas residuais sobre o solo e os organismos terrestres começam a ser mais amplamente explorados, ainda é limitado o número de estudos que avaliam como a biodiversidade do ambiente aquático responde à ocorrência de fogo e à chegada das cinzas à água. “Ano após ano, o ser humano tem registrado números recordes de incêndios, em áreas queimadas cada vez maiores, e eu sempre penso: essa quantidade imensa de cinzas que é gerada uma hora vai chegar no ambiente aquático, seja por ação da chuva ou do vento”, explica o professor Bruno Renaly Souza Figueiredo, do departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Aprovado no edital de chamada pública de 2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no programa de jovens projetos, o professor conseguiu os primeiros recursos para dar início à pesquisa: “Impacto do fogo e das cinzas sobre a biodiversidade na água doce: respostas dos peixes, dos anfíbios e dos microinvertebrados e macrófitas ao distúrbio”.
(mais…)

UFSC na Mídia: pesquisa com araucárias conduzida na UFSC é destaque no Jornal Hoje

14/06/2023 10:07

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi destaque em reportagem do Jornal Hoje nesta segunda-feira, 12 de junho. A pesquisa de doutorado de Mario Tagliari, do Programa de Pós-graduação em Ecologia, aponta o manejo colaborativo como a estratégia mais eficiente para garantir a preservação e a sustentabilidade da Floresta das Araucárias, um dos principais ecossistemas presentes no sul e sudeste do Brasil. O trabalho faz parte da tese orientada pelo professor Nivaldo Peroni.

Confira a reportagem do Jornal Hoje
>> Leia mais sobre a pesquisa de Mario Tagliari em reportagem feita pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom)

Por: Notícias da UFSC

Veleiro ECO encontra vida em formação em meio à alta quantidade de plástico no Rio Itajaí

04/04/2023 08:59

 

Equipe coletou entre entre 200 e 250 amostras ao longo da expedição

A verificação de um ambiente cheio de vida, repleto de seres microscópicos, de filhotes de peixes e outros animais, contrasta com a alarmante concentração de microplásticos encontrada no Rio Itajaí-Açu. A observação está entre os resultados preliminares da primeira expedição de pesquisa da equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a bordo do Veleiro ECO no âmbito do Projeto AtlantECO. O grupo, que passou nove dias embarcado, coletou entre 200 e 250 amostras ao longo do rio, foz e zona costeira.

O Itajaí-Açu foi escolhido pelo seu papel ecológico e por ser o principal sistema fluvial da maior bacia hidrográfica de Santa Catarina, a Bacia Hidrográfica de Itajaí. Além disso, ele sofre fortes pressões antrópicas decorrentes de atividades ligadas ao desenvolvimento econômico, como o turismo, os agroquímicos das lavouras de arroz e as atividades portuárias, e, ainda, ao alto contingente populacional de seu entorno.

O estuário do rio também despertou o interesse dos pesquisadores. “Por serem locais de mistura de água doce dos rios rica em nutrientes com a água salgada do mar, os estuários são um dos ambientes mais produtivos do mundo. Essas zonas de transição entre os rios e os mares abrigam diversas formas de vida, sejam elas estritamente de água doce ou salgada, ou aquelas adaptadas aos dois modos de vida. Além disso, os estuários são espaços de investigação dos poluentes químicos e plásticos vindos do continente e escoados na zona costeira”, explica Érica Caroline Becker, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO) envolvida na expedição. 

Entre 28 de fevereiro e 8 de março, a equipe trabalhou em cinco estações de pesquisa, realizando cerca de 40 protocolos de amostragem por dia, ao longo de aproximadamente 12 horas de trabalho diárias. Em algumas estações o grupo coletou amostras tanto na maré vazante quanto na enchente.

Agora, o material passa por estudos genéticos, taxonômicos e biogeoquímicos. As análises serão feitas pelos laboratórios de Controle e Processos de Polimerização (LCP)de Oceanografia Química e Biogeoquímica Marinha, ambos da UFSC, e de Biodiversidade e Processos Microbianos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A expectativa é que os primeiros resultados estejam disponíveis até o fim do ano.

Mesmo antes da conclusão das análises, contudo, dois aspectos chamaram a atenção dos pesquisadores: se, por um lado, o estuário se revelou repleto de vida, por outro, é bastante preocupante a poluição causada por ações humanas.

“As amostras das redes de plâncton vieram cheias de animais microscópicos, conhecidos como zooplâncton. Dentre eles, verificou-se uma grande variedade de larvas de crustáceos, moluscos e peixes, mostrando a importância da zona estuarina como berçário para a fase inicial do ciclo de vida de várias espécies. No entanto, o rio continha uma quantidade alarmante de microplásticos, minúsculas partículas que podem prejudicar peixes, pássaros e outros animais que os ingerem. Já as estações costeiras tinham muito menos microplásticos, provavelmente devido às correntes e ondas que os levam para longe da costa como também ao afundamento das partículas”, comenta Andrea Green Koettker, pesquisadora do PPGECO e chefe científica da expedição.

Variáveis biológicas e biogeoquímicas também devem mostrar resultados diferentes do rio para a zona costeira, devido a características próprias de cada ecossistema, como os valores de salinidade, materiais em suspensão, entre outros.

Pesquisa deve mostrar diferenças nas variáveis biológicas e biogeoquímicas entre a água da zona costeira (à esquerda) e do rio (à direita). A coloração mais amarronzada do rio é explicada por sua profundidade. Por ser mais raso, o sedimento do fundo acaba se misturando por toda a coluna de água. Além disso, rios absorvem a descarga das chuvas, que levam grande quantidade de terra e material particulado. Já nos oceanos, onde a profundidade é maior, esse material afunda, e a água fica mais transparente

A pesquisa no Rio Itajaí foi a primeira de uma série de expedições previstas a bordo do Veleiro ECO ao longo da costa brasileira. Com essa etapa cumprida, a equipe se prepara para subir a costa brasileira com o objetivo de compreender o impacto dos rios no oceano, de Santa Catarina até o Rio Grande do Norte. O grupo tem pesquisas previstas para a foz do Rio Doce (ES) e do Rio Mucuri (BA) e para a zona estuarina dos rios Caravelas (BA), São Francisco (SE/AL) e Potengi (RN).

Década dos Oceanos e AtlantECO

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Década da Ciência Oceânica (2021-2030) para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma vez que os oceanos possuem um papel chave no equilíbrio do planeta. A Declaração de Belém, assinada em 2017 pela União Europeia, Brasil e África do Sul, reforçou o compromisso com essa medida, ao propor a intensa investigação do Oceano Atlântico, especialmente, o Atlântico Sul, que é um dos menos conhecidos do planeta, mas impacta e beneficia todo o ecossistema global.

A Declaração de Belém fomentou incentivos à pesquisa, à inovação e à capacitação, como a chamada Blue Growth, lançada pela União Europeia para apoiar o crescimento sustentável dos setores marinho e marítimo do Oceano Atlântico. Um dos programas contemplados é o Horizon 2020, do qual faz parte o AtlantECO, projeto realizado por 36 instituições de 11 países.

O objetivo do AtlantECO é investigar as interações entre os micro-organismos marinhos e o oceano, a poluição por plásticos e a circulação oceânica no Atlântico Sul, entre as costas brasileira e africana. “Essa compreensão permitirá o reconhecimento de cenários climáticos futuros, da previsão de migração de espécies, da capacidade do oceano em capturar e armazenar CO2 atmosférico, do transporte e do impacto de poluentes, como o plástico, sobre os ecossistemas marinhos e de estratégias para que as atividades humanas contribuam para a saúde desses ecossistemas”, afirma a professora do Departamento de Ecologia e Zoologia e coordenadora do projeto na UFSC, Andrea Santarosa Freire.

No Brasil, o projeto é coordenado pelo professor Hugo Sarmento, da UFSCar, e também conta com a participação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Camila Raposo/jornalista da Agecom/UFSC. 

Por: Notícias da UFSC

Novo episódio do podcast ‘UFSC Ciência’ fala sobre balneabilidade

10/02/2023 08:07

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Balneabilidade. Os entrevistados desta edição são os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e ZoologiaMaria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A temporada de verão de 2023 trouxe um novo “velho assunto” para o debate público, especialmente no litoral catarinense e nos Estados e países de onde vêm os turistas que visitam a região. Uma crise de balneabilidade fez subir vertiginosamente o número de pontos impróprios para o banho de mar. Além disso, uma epidemia de diarreia fez com que se estabelecesse uma relação quase que imediata entre a qualidade da água do mar e a propagação de doenças gastrointestinais, abrangendo também discussões sobre problemas históricos de saneamento básico.

Nesse episódio sobre balneabilidade, falamos sobre o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Ouvimos quatro professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema.

Ouça o UFSC Ciência pelo Spotify.

Por: Notícias da UFSC