UFSC na mídia: professora publica artigo sobre reabertura da Estrada do Colono

25/06/2021 10:09

A professora Michele de Sá Dechoum, do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), publicou nesta sexta-feira, dia 25 de junho, um artigo na página da Agência Bori sobre a aprovação, em regime de urgência, do Projeto de Lei (PL) 984/2019, que permite a reabertura da Estrada do Colono no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e altera a Lei Federal que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Federal 9985/2000). A docente afirma no texto que “com argumentos tecnicamente questionáveis” e “sem uma discussão ampla sobre sua repercussão”, o PL pode impactar de forma irreversível o Parque Nacional do Iguaçu.

“Essa não é a primeira tentativa de reabertura da Estrada do Colono, que corta a floresta exuberante de uma das primeiras unidades de conservação criadas no Brasil. Desta vez, o PL 984, de autoria do deputado Vermelho (PSD/PR), propõe a criação de uma nova categoria de unidade de conservação que não existe na legislação brasileira, chamada no documento de ‘estrada-parque’. Ao contrário do que parece, a proposta de reabertura não se configurará como uma estrada-parque para apreciação da natureza e turismo ecológico, algo que realmente existe em outros países”, traz a publicação.

A Estrada do Colono fica localizada na parte de floresta mais bem conservada do Parque Nacional do Iguaçu e está completamente tomada por vegetação nativa. Criado em 1939, o parque cobre pouco mais de 185 mil hectares na divisa entre Brasil, Paraguai e Argentina. Junto ao Parque Nacional de Iguazú, na Argentina, essa área contínua de floresta é responsável por proteger espécies raras e ameaçadas de fauna, como a onça-pintada, a harpia e o bugio, e da flora, como a peroba-rosa e o palmito-juçara.

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Por: Notícias da UFSC

Artigo de pesquisadores da UFSC aborda uma antiga interação entre humanos e plantas comestíveis

14/06/2021 09:09

Em artigo publicado na revista Science nesta quinta-feira, 10 de junho, os pós-doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Bernardo Flores e Carolina Levis descreveram uma antiga interação entre povos indígenas e plantas comestíveis em florestas tropicais. Por um lado, as comunidades locais se beneficiam dos alimentos encontrados nesses ambientes e, por outro, ajudam a aumentar a abundância das plantas que os fornecem. Essa relação é bastante antiga e tem o potencial de ajudar a aumentar a segurança alimentar nos trópicos.

Há pelo menos 12 mil anos, as florestas tropicais têm sido o lar de pessoas que domesticaram paisagens e populações de plantas. Vastas extensões de floresta ficaram repletas de frutas, castanhas e raízes a partir dessa interação com as populações humanas. A castanha-do-pará, por exemplo, é cultivada por indígenas há milênios e hoje é uma espécie dominante na bacia amazônica. Algo semelhante aconteceu com o pinhão: o cultivo por povos originários ampliou a distribuição da araucária pela Mata Atlântica.

Os pesquisadores apontam, contudo, que, sem a presença de povos locais, as espécies comestíveis se tornam menos competitivas e podem desaparecer com o tempo. Monoculturas industriais, pastagens, mineração, entre outras atividades, destroem o ecossistema e também o antigo conhecimento indígena e local. Como resultado, as florestas tropicais estão perdendo suas identidades biológicas e culturais. Para que esses ecossistemas continuem ricos em recursos alimentares, portanto, povos indígenas e comunidades locais precisam continuar gerenciando a paisagem, salientam os cientistas.

O artigo destaca, ainda, que, em todo o mundo, mais de um bilhão de pessoas dependem dos recursos florestais para nutrição e saúde, especialmente nas regiões tropicais em desenvolvimento. O feedback positivo entre os povos locais e a disponibilidade de alimentos revela a possibilidade de conservar as florestas tropicais e, ao mesmo tempo, aumentar a segurança e a soberania alimentar. Essa é uma oportunidade para desenvolver sistemas sustentáveis ​​de produção de alimentos, protegendo os ecossistemas florestais e promovendo a justiça socioambiental, ressaltam os pós-doutorandos.

Leia o artigo na íntegra.

Por: Notícias da UFSC

Planta rara e ameaçada de extinção é descoberta por pesquisadores em Urubici.

05/05/2021 14:06

A descoberta é mais um dos resultados do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – Biodiversidade de Santa Catarina (PELD-BISC), que conta com apoio da Fapesc e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto já descreveu novas espécies de fungos, insetos e plantas e tem feito publicações e eventos para divulgar a biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ).

 

 

Leia a matéria completa no site de notícias da UFSC, no link:

 https://noticias.ufsc.br/2021/04/pesquisadores-descobrem-planta-rara-e-ameacada-de-extincao-em-urubici/

Documentário concorrente ao Oscar é tema de debate com especialistas

23/04/2021 16:31

O programa #MISemCASA, do Museu da Imagem e do Som do Estado de São Paulo, que discute produções audiovisuais à luz da ciência reflete neste domingo (25/04) às 17h o filme “Professor Polvo” (dir. James Reed, Pippa Ehrlich, 2020, EUA, 85 min, livre). O documentário original da Netflix concorre ao Oscar em 2021 e se passa em uma floresta subaquática na África do Sul, onde um cineasta desenvolve uma amizade improvável com um polvo e descobre mais sobre os mistérios do mundo marinho. O debate, mediado por José Luiz Goldfarb, conta com os especialistas no tema Luiz Simone (USP) e Tatiana Leite (professora do ECZ/UFSC).

Assista ao vivo no canal do MIS no YouTube.

Por: Divulgação MIS

 

Projeto da UFSC vence votação popular para financiamento de associação internacional

13/04/2021 16:40

O projeto de extensão Restaurando Paisagens e Ecossistemas, realizado pelo Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, venceu a etapa de votação popular do processo seletivo para apoio de iniciativas da European Outdoor Conservation Association (EOCA).

A colocação garante ao projeto financiamento pelos próximos dois anos. O programa, que foi o único brasileiro selecionado para etapa final do processo, está ativo desde 2010 e desenvolve uma agenda socioambiental que tem como principal objetivo a restauração de áreas de restingas por meio do engajamento comunitário e da participação de voluntários.

Até o momento, por meio da iniciativa, cerca de 200 hectares de restinga foram restaurados desde o ano de fundação e mais 375 mil pinus foram eliminados. As árvores da espécie Pinus elliottii são nativas do Hemisfério Norte e foram trazidas para Florianópolis por meio de uma política pública dos anos 1960. Hoje, o assunto é tratado como invasão biológica, pois as sementes se espalham facilmente e comprometem a vegetação nativa e seus ecossistemas.

Conheça melhor o projeto no vídeo da série Traduzindo Ciência, produzida pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom):

Mais informações sobre as atividades desenvolvidas no programa podem ser obtidas no site do Instituto Hórus e no canal do Leimac/UFSC no Youtube.

Por: Notícias da UFSC