Florestas ripárias do Cerrado e Pantanal ameaçadas por incêndios

17/12/2020 14:26

Grandes incêndios são cada vez mais comuns em savanas tropicais, como o Cerrado e o Pantanal. Novas descobertas científicas revelam que esses incêndios podem representar uma ameaça aos sensíveis ecossistemas de floresta ripária. Em outubro de 2017, um grande incêndio se espalhou pelas savanas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, queimando mais de 86 mil hectares de vegetação nativa e preservada (80% da área original do parque).

Incêndio causou alta mortalidade de árvores em florestas ripárias na Chapada dos Veadeiros. Foto: Fernando Tatagiba

Agora, um estudo publicado na revista britânica Journal of Applied Ecology mostrou que esse grande incêndio causou uma alta mortalidade de árvores em algumas florestas ripárias do parque. “Para nossa surpresa, as florestas mais impactadas foram aquelas que inundam durante a estação chuvosa”, explica Bernardo Flores, primeiro autor do artigo e pesquisador colaborador do Laboratório Interdisciplinary Environmental Studies (IpES/UFSC). Em algumas florestas, o incêndio causou um impacto leve, mas em outras, o incêndio foi destrutivo, matando quase todas as árvores e permitindo que gramíneas invasoras e outras plantas oportunistas, como cipós e samambaias, em poucos meses começassem a dominar o ecossistema. O incêndio também liberou nutrientes da floresta sobre o solo, que agora ficarão expostos à erosão.

A floresta ripária é um habitat vital para grandes animais, como as onças, pois servem de abrigo em meio às savanas abertas. Florestas ripárias acompanham e protegem rios e outros tipos de cursos d’água, explica a professora da UFSC e também co-autora do artigo, Michele Dechoum. Quando incêndios reduzem a cobertura dessas florestas, eles podem desequilibrar cadeias alimentares e gerar efeitos em cascata, alterando ecossistemas inteiros. “Uma parte dessas florestas ripárias fica inundada na estação chuvosa, mas outras não. E nós comparamos o efeito desse incêndio entre esses dois tipos de florestas – as inundadas e as não inundadas – para saber se os efeitos variavam, onde seriam mais drásticos. As florestas temporariamente inundadas são mais impactadas do que as não inundadas – em algumas florestas inundadas, a mortalidade de árvores chega a 100% e o solo superficial foi queimado, levando à perda de nutrientes e a processos erosivos”, explica Michele.

Leia a reportagem completa no Notícias da UFSC.

Rã-manezinha torna-se símbolo da cidade de Florianópolis

16/12/2020 11:33

Ischnocnema manezinho, espécie de anfíbio endêmica da Ilha de Santa Catarina, é o mais novo símbolo da cidade de Florianópolis. Veja a reportagem completa no link abaixo.

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2020/12/15/ra-vira-simbolo-da-cidade-de-florianopolis-sc.ghtml

Ela se junta a outros três símbolos naturais da cidade: o Garapuvu (LEI Nº 3771/92), o  Martim Pescador Verde (LEI Nº 3887/92) e Orquídea Laelia Purpurata, que além de flor símbolo do Estado de Santa Catarina passou a ser também da sua capital (LEI Nº 7037/2006).

 

UFSC divulga o Calendário Suplementar Excepcional 2020.2 para os cursos de graduação

14/12/2020 15:30

O Calendário Acadêmico Suplementar Excepcional dos Cursos de Graduação, referente ao segundo semestre letivo de 2020 (2020.2), foi aprovado pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Clique aqui para acessar o calendário.

De acordo com a proposta, o segundo período letivo semestral de Graduação deste ano terá 16 semanas, começando no dia 1º de fevereiro de 2021 e se estendendo até 22 de maio.

Por: Notícias da UFSC.

Projetos da UFSC nas áreas marinha e oceânica são contemplados em editais da União Europeia

07/12/2020 16:29

A Universidade Federal de Santa Catarina teve cinco projetos de pesquisa nas áreas marinha e oceânica contemplados em editais Horizon 2020 da União Europeia, envolvendo professores, pós-doutorandos e alunos do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Centro de Ciências Biológicas (CCB) e da Coordenadoria Especial de Oceanografia: AquaVitae, TriAtlas, iAtlantic, Mission Atlantic e AtlantECO. Cada um dos cinco projetos constitui um consórcio com dezenas de universidades e centros de pesquisa de diferentes países banhados pelo Oceano Atlântico, com o objetivo de compreender padrões e processos oceanográficos e do cultivo de organismos marinhos em grande escala.

Dos projetos contemplados, três contam com coordenação de professores do ECZ:

projeto iAtlantic conta com a participação de 33 universidades e institutos de pesquisa da Europa, Estados Unidos, Brasil, Argentina e África do Sul. As pesquisas são realizadas em áreas oceânicas e de mar profundo e visam a obtenção de dados e a integração do conhecimento em grande escala. A coordenação geral é da Universidade de Edinburgh e, no Brasil, o projeto é desenvolvido pela UNIVALI, USP, UFES e UFSC. O grupo UFSC é representado pelo Laboratório de Biodiversidade Marinha, responsável pelo registro e identificação de corais, que são importantes formadores de habitat no Oceano Atlântico. Além de materiais já disponíveis para estudo, o projeto está organizando expedições oceanográficas em 2021, que contarão com a participação da UFSC e dos demais parceiros do Brasil. O coordenador na UFSC é o professor Alberto Lindner (CCB).

O projeto Mission Atlantic congrega especialistas da Europa, Brasil, África do Sul, Canadá e EUA com objetivo comum de mapear e avaliar os riscos atuais e futuros das mudanças climáticas, desastres naturais e atividades humanas para os ecossistemas do oceano Atlântico. Usando modelos oceânicos de alta resolução, redes neurais artificiais, métodos de avaliação de risco e abordagens estatísticas avançadas, o Mission Atlantic avaliará com precisão as pressões impostas aos ecossistemas marinhos do Atlântico, identificando as partes que correm maior risco de desastres naturais e as consequências das atividades humanas. No Brasil os parceiros são a UFSC, USP e Marinha do Brasil. A UFSC participa em dois estudos de caso: Plataforma continental sudeste-sul do Brasil e Ilhas da Dorsal Atlântica e conta com integrantes do Laboratório de Biogeografia e Macroecologia Marinha (LBMM) e do Laboratório de Gestão Costeira Integrada (LAGECI). Os coordenadores na UFSC são o professor Sergio Floeter (CCB) e a professora Marinez Scherer (Oceanografia).

projeto AtlantECO conta com 36 organizações de 13 países e com objetivo de explorar o Oceano Atlântico de polo a polo. O projeto irá mapear conhecimentos novos e existentes sobre os organismos microscópicos que habitam rios, águas costeiras, o oceano aberto, sedimentos marinhos e a atmosfera, bem como aqueles encontrados em lixo plástico. Esses “microbiomas” suportam vida na Terra e fornecem serviços ecossistêmicos à sociedade. A coordenação geral é da Stazione Zoologica Anton Dohrn em Nápoles, Itália e, no Brasil, o projeto é desenvolvido pela UFSC, FURG, USP, UFSCar e UFBA. O trabalho de campo será realizado a bordo de navios e veleiros oceanográficos. As escalas serão organizadas com as comunidades locais e partes interessadas ao longo da região costeira do Oceano Atlântico, envolvendo campanhas de divulgação, ciência cidadã, conscientização e proporcionando um programa de capacitação em larga escala para professores, estudantes, profissionais e jovens. A coordenadora na UFSC é a professora Andrea Santarosa Freire (CCB).

Leia a reportagem completa no Notícias da UFSC.

Especialistas criam sistema para ajudar na redução de invasões biológicas

26/11/2020 15:08

Com o objetivo de diminuir danos causados aos ecossistemas por invasões biológicas, um grupo de especialistas está desenvolvendo o Sistema de Gerenciamento de Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação (Sigeei) para aumentar a eficiência na transferência de plantas e de animais não-nativos em unidades de conservação. Resultado de pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelo Instituto Hórus, a ferramenta digital vai indicar quais espécies invasoras devem ser manejadas com prioridade. A previsão de lançamento é para o início de 2021, e conta com a contribuição da Prof. Dra. Michele Dechoum, do ECZ.

Leia a reportagem completa no site dO Eco.

Para saber mais sobre o tema de invasões biológicas – uma das maiores causas de perda de biodiversidade e ameaça ao bem estar humano – confira o episódio da série Fique em Casa com a Ciência com a Prof. Michele Dechoum, disponível no canal do Youtube do movimento Coalizão Ciência e Sociedade.